terça-feira, 4 de outubro de 2011

EXEMPLOS A SEREM SEGUIDOS...

Tantas coisas acontecendo em nosso país (digo: desgraças) e graças a Deus ainda existem pessoas que não só se sensibilizam com as questões sociais, mas vão além, como fez esta professora ao se deparar com uma situação que não há explicação. Leia e depois tirem suas conclusões e que sirva de exemplo para nós!

Testemunha confirma que africano foi espancado até a morte:


A professora de Sociologia, Janaína Pereira Monteiro, vai receber proteção policial permanente. Ela presenciou o assassinato do africano Toni Bernardo da Silva, de 27 anos, morto após ser espancado em uma pizzaria em Cuiabá, há 11 dias. Segundo o governo do estado, policiais civis vão fazer a guarda da família da professora por tempo indeterminado. Ela negou fazer parte do programa de proteção à vítima, do governo federal, pelo fato de não querer sair de Cuiabá.

Após o crime, ela teme correr risco de morrer. "Outro dia vi uma juiza ser morta. Porque não matariam janaína?" questionou. Nesta segunda-feira (03), em coletiva à imprensa, na Assembleia Legislativa do estado, ela resolveu quebrar o silêncio e relatou com detalhes como Toni morreu.

Na noite daquela quinta-feira (22), a professora fazia compras em um supermercado próximo à casa dela. Quando chegou em casa, percebeu que perdeu o cartão de crédito e resolveu voltar à rua para procurá-lo. “Fui fazer o trajeto da minha residência para ver se o cartão havia caído por ali. Quando olhei para o estabelecimento, vi um tumulto e perguntei ao meu irmão o que estava acontecendo, ele disse que não sabia falar exatamente, mas que tinha um rapaz que estava apanhando havia algum tempo”, relatou.

Toni estava estirado no chão e imobilizado por dois homens. “[Ele estava] deitado no chão de bruço. As duas mãos para trás, uma pessoa, que era um negro, segurava ele do lado esquerdo e um homem branco também segurando o Toni do lado direito. Os dois estavam ajoelhados sobre as costas dele”, descreveu.

Um deles, segundo a professora, dizia para Toni. “Você sabe porque está apanhando? Você sabe porque está apanhando? Você está apanhando porque é bandido”, lembrou. Nesta hora, ela disse que tentou acabar com a briga. “Eu dizia para eles que o rapaz já estava imobilizado e que não havia motivo para eles continuarem batendo nele e que precisavam chamar a polícia porque eles eram profissionais que saberiam o que fazer”, lembrou a professora.

Neste momento, ela descobriu que ambos eram policiais militares e se assustou com a atitude dos agentes perante a situação. “O rapaz negro me olhou e disse 'eu sou um policial', aí respondi que eles não eram policiais, que policiais eram defensores dos direitos humanos”, apontou.

A chegada da Polícia Militar ao local foi rápida. Segundo a professora, o policial que atendeu a ocorrência checou os sinais vitais do africano e logo acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Toni já estava morto. Após o crime, Janaína prestou depoimento à polícia. Ela não se esquece do desespero dos amigos de Toni quando viram o corpo do amigo no local. “Eu ouvi uns gritos , era os compatriotas do Toni, que ficaram desesperados ao ver o corpo estirado no chão, tentando compreender o que havia ocorrido”, finalizou.

Últimos momentos de vida
O G1 teve acesso às imagens de uma das câmeras de vigilância que mostram apenas um ângulo do momento em que o africano chegou ao estabelecimento. Depois disso, ele foi espancado até a morte. Nelas, Toni chega ao estabelecimento por volta das 23h17 já abordando uma das mesas onde estavam quatro pessoas. Segundo testemunhas, ele estava pedindo dinheiro. Em seguida, o africano se dirigiu a outra mesa em que estavam o empresário – que está preso por suspeita de envolvimento na morte – e a namorada dele.

Ele sentou ao lado da mulher e mais uma vez pediu dinheiro. Às 23h18, as imagens mostram o início da confusão. Houve muita correria dentro do estabelecimento. As imagens não conseguem captar com nitidez o tumulto.

Outro lado
O advogado dos policiais militares, Ardonil Manoel Gonzales Júnior, disse que Toni tentou assaltar a mulher do empresário e ainda teria simulado estar armado. Na visão do defensor, eles cumpriram “com o dever legal” da profissão, que nesse caso significava “defender as pessoas que estavam sendo coagidas pelo africano”. O advogado disse que vai entrar com um habeas corpus para que os policiais saiam da prisão o mais rápido possível. O G1 não localizou até o fechamento desta reportagem o advogado do empresário preso.

Na última sexta-feira (30), o inquérito policial que investiga o caso foi concluído. O delegado Antônio Esperândio indiciou os policiais militares e mais o empresário por homicídio. O inquérito será encaminhado para o Ministério Público, que terá cinco dias para denunciar ou não os suspeitos. O corpo de Toni aguarda um desfecho do Ministério das Relações Exteriores para ser trasladado para a Guiné-Bissau, país de origem do africano. Em nota, o órgão informou que o impasse é jurídico, uma vez que o órgão precisa comprovar o gasto com o transporte do corpo, que deve atingir R$ 30 mil.
FONTE: http://www.diaadianews.com.br/policia/noticias/31936/testemunha-confirma-que-africano-foi-espancado-ate-a-morte

Nenhum comentário:

Postar um comentário