sexta-feira, 24 de agosto de 2012

CAMPANHA VOTO NULO PARA PREFEITO DE PORTO SEGURO - BA


EU RECOMENDO: TOTEM E TABU - FREUD


«Os dois temas principais que dão o nome a esta pequena obra, o totem e o tabu, não são tratados aqui de igual modo. A análise do tabu apresenta-se como uma tentativa de solução do problema, inteiramente segura e exaustiva. O estudo sobre o totemismo limita-se a declarar que o referido aqui é, tão-só, a contribuição que a observação psicanalítica pode dar, actualmente, para o esclarecimento dos pr
oblemas do totem. Esta disparidade resulta do facto de o tabu continuar, na realidade, a existir entre nós. Conquanto seja encarado de forma negativa e aplicado a outros objectos, dada a sua natureza psicológica não é senão o "imperativo categórico" de Kant, que pretende actuar compulsivamente e rejeita toda e qualquer motivação consciente. O totemismo, em contrapartida, é inteiramente estranho ao nosso modo actual de sentir, é uma instituição que, na realidade, foi já há muito abandonada e substituída por formas religiosas e sociais mais modernas.» Do Prefácio
 
 
 
 

EU RECOMENDO: O FUTURO DE UMA ILUSÃO - FREUD

Os homens não podem permanecer crianças para sempre; têm de, por fim, sair para a “vida hostil”. Podemos chamar isso de “educação para a realidade”. Precisarei confessar-lhe que o único propósito de meu livro é indicar a necessidade desse passo á frente? Sigmund Freud


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Para as aulas de História das Religões.


O autor apresenta que o sagrado sempre se apresenta completamente diferente das realidades naturais;
A linguagem consegue exprimir somente que a questão do sagrado e diferente pelo fato de ultrapassar a experiência natural;
A religião se interessa pelo sagrado em sua totalidade;
A primeira definição de sagrado e que ele nao e profano;
Hierofania significa: ato da manifestação do sagrado;
A manifestacao do sagrado pode se dar de diferentes modos: em um objeto qualquer, em uma pedra, em uma arvore, etc.
O homem oriental esta familiarizado com todas essas manifestações, ao contrário do homem ocidental que se assusta com essa pluralidade;
Após um objeto seja ele qual for ser materializado ele torna-se para o crente uma outra coisa diferente da sua manifestacao natural;
Segundo o autor ha dois mundos: 1) o sagrado; 2) o profano;
O sagrado e o profano e de fato duas realidades completamente diferentes que o homem precisa conviver em sus experiência;
Em suma, a grande questão do que e sagrado e profano esta ligado a experiência religiosa;
O homem e um homo religiosus;
Todos vivemos em um mundo sacralizado ou desacralizado. Tudo depende da experiência religiosa, isto e, do fenômeno religioso.
 
 
 
 

Vale a leitura.

Pouco se ficou sabendo da vida do Cônego Luís Vieira da Silva, um dos implicados na Conjuração Mineira de 1789. Mas deixou ele quase um milheiro de livros, sequestrados pelas autoridades da Devassa. Formavam uma variada biblioteca, admiravelmente selecionada, como provavelmente não existia outra igual em todo o País, naquela época. Que livros lia o Cônego? Quais eram as inclinações ou direções do seu espírito, ávido de saber? Eis o que se investiga neste livro, tendo como base a relação dos livros apreendidos, que figura nos Autos da Devassa da Inconfidência Mineira, mostrando que Luís Vieira, ainda que pobre e vivendo na longínqua e mal povoada Capitania das Minas Gerais, de onde nunca saíra, achara meios de reunir uma notável biblioteca.
 

domingo, 3 de junho de 2012

Palestra sobre Cultura e festividades juninas


No dia 02 de junho participei do evento: Projeto Horta escolar ministrado por minha aluna Tatiana Longo. Foi um momento de trocas entre escolas municipais daqui da cidade de Porto Seguro onde eu pude palestrar aos professores do municipio sobre as raízes culturais e os festejos juninos  - a vida dos santos festeiros: Santo Antônio, São João e São Pedro e cmo nós devemos conhecer e dar continuidade as nossas tradições a nossa história. Foi um rico momento!

domingo, 20 de maio de 2012

DIAS FELIZES...

Desde 2010 lancei um projeto na Faculdade Nossa Senhora de Lourdes para as aulas de Sociologia nas turmas de primeiro período, no intuito de que os alunos deveriam conhecer e participar de um projeto social em nossa cidade ou redondezas com o objetivo de sair das aulas teóricas para a prática. 







Desde então é um sucesso a cada ano que passa. E não poderia ser diferente neste período de 2012 onde as turmas de ADM I e Pedagogia I estão vivenciando este momento maravilhoso que é de conhecer e estar presente em um dos projetos sociais de nossa cidade, não importa se são destinados a crianças, dependentes químicos, idosos, etc. É um momento de rever conceitos e fazer reflexões sobre a alteridade. 

Sempre incentivo a conhecer a nossa realidade, pois, uma coisa é você falar e ficar na ideia, outra coisa é estar lá e vivenciar as realidades presentes em nossa sociedade que são realidades múltiplas: miséria, violência, abusos de nossas crianças e maus tratos de nossos idosos, dependentes químicos, etc. 


Fico orgulhoso, pois, percebo que muitos alunos acabam aderindo a estes projetos e tendo uma sensibilidade maior e um comprometimento. Não queremos assistencialismos (isto o governo já faz), queremos pessoas engajadas e transformadoras desta sociedade tão complexa. Parabéns a todos os alunos que até hoje não desacreditaram deste projeto e o torna a cada dia mais belo.







terça-feira, 17 de abril de 2012

Atividade para a aula de Filosofia e Ética nas Organizações


Exercício da cidadania requer aprendizagem e prática
 
Transformar princípios e valores em atitudes que beneficiam toda a sociedade é um exemplo de cidadania.
Atitudes como não jogar lixo na rua, dar lugar ao idoso em meios de transporte coletivo e esperar que as pessoas saiam do metrô antes de entrar são questões corriqueiras na vida da população que se encaixam perfeitamente na concepção de cidadania pretendida pelo cientista jurídico Ovídio Jairo Rodrigues Mendes. "No entanto, pela correria diária, essas atitudes não são observadas e acabam por se tornar problemas sociais. E a cidadania requer aprendizagem e prática, sob pena de funcionar como mero rótulo", destaca.
Mendes estudou o tema em sua dissertação de mestrado "Concepção da Cidadania", apresentada em 2010 na Faculdade de Direito (FD) da USP. De acordo com o cientista jurídico, simbolicamente, comportar-se como cidadão implica em quatro momentos: o surgimento do problema social (questões que afetam a comunidade), entendimento e análise lógica desta questão, procura racional de uma solução adequada para o caso, e a confirmação, para o cidadão, de que a solução encontrada satisfaz o problema social enfrentado.
Para Mendes a questão da cidadania está, hoje, mais vinculada a uma relação de consumo do que a um processo de formação de personalidade. "Quando a pessoa vai fazer um documento no Poupatempo, ela pega um pedaço de papel e, com este ato, se considera um pouco mais cidadã. Mas cidadania não é isso: é viver em harmonia com o outro, transformar princípios e valores em atitudes que não beneficiam só interesses individuais, mas interesses coletivos. Por exemplo, eu varro a rua para evitar que o lixo se acumule e prejudique tanto a mim quanto aos meus vizinhos", explica.
Segundo o pesquisador, a concepção de cidadania adquire seu formato de acordo com o problema a afligir a comunidade. O jurista argumenta que "talvez por isso seja tão difícil ser cidadão, principalmente em um país de tradição democrática recente como o Brasil e onde a educação formal não é valorada como elemento fundamental na diferenciação entre 'súdito' [aquele que simplesmente segue a vontade do governante] e 'cidadão' [capacidade para procurar e agir de maneira mais autônoma possível em prol de interesses próprios, limitado tão somente pelo ordenamento legal e pelo respeito ao bem comum]".
A pesquisa de Mendes não teve a intenção de limitar-se à doutrina jurídicas (teorias de direito) e à jurisprudência (decisões do tribunais). O foco foi direcionado para "buscar uma maneira de elaborar uma teoria que o público comum e não só cientistas jurídicos ou pessoas esclarecidas se identificassem para uma conceituação do que seja cidadania".
Para realizar o estudo, o cientista jurídico considerou diferentes tipos de narrativa sobre a conceituação de cidadania nas teorias dos filósofos Aristóteles, Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau; passando a uma análise das transformações sofridas pela concepção do termo no pós-independência no Brasil Império, no Estado Novo e no processo de redemocratização do Brasil, considerando questões políticas e econômicas; para, ao final, levantar algumas hipóteses sobre a espetacularização da cidadania e a transformação dos cidadãos em plateias para projetos de poder de políticos profissionais, principalmente na fase brasileira atual.
Segundo o pesquisador, o estudo não intenciona julgar as sociedades dos teóricos pesquisados e suas concepções de cidadania, mas sim apenas tê-las como modelo-padrão para a formação de um conceito baseado em valores e princípios simples de vida em sociedade, como o respeito ao outro e o respeito à liberdade.
Mendes assinala que a concepção de cidadania para não ser apenas formal, requer a capacidade de a pessoa dispor de objetivos racionalmente possíveis de como tornar concretos seus ideais. "Como toda regra, a formulação teórica de uma concepção de cidadania tem como primeiro passo a intuição para a identificação de regras sobre o assunto dentro da Constituição ou de leis inferiores, tornando a sua definição mais palpável ou palatável ao cidadão comum ", diz.

Visão egocêntrica de mundo
O pesquisador, no entanto, não se limita a questões individuais. "Muitas decisões governamentais não privilegiam a sociedade como um todo, mas o interesse de setores da população", conta. Ele cita o atual discurso de muitos meios de comunicação, sobre diversos acontecimentos cotidianos, como acidentes, enchentes, crimes. "Esse discurso vale-se de argumentações opinativas e não da lógica, e só acabam por inflamar a teia de queixas e reclamações vazias. Assim, os 'cidadãos' reclamam da ausência do Estado porque precisam encontrar um culpado pois pagam impostos e, por isso, devem ser servidos; enquanto que, do outro lado, o Estado se defende das reclamações, acusando os cidadãos de serem os provocadores para todas as desgraças cotidianas", destaca.
"A culpa está ao mesmo tempo dos dois lados. Falta a consciência de cada um ou uma orientação que esclareça dentro do conceito de cidadania a diferença entre achismos e racionalidade. O achismo é o não viver, pois não há reflexão; a racionalidade é ter a capacidade de interagir, de buscar causas e soluções, que se proponham críticas e equilibradas quanto a interesses individuais e coletivos", conclui.

domingo, 18 de março de 2012

SODOMA OU GOMORRA? VOCÊ ESCOLHE ONDE QUER FICAR.


Estou perplexo como tenho visto os ataques da Rede Record de Televisão, digo da Igreja Universal do Reino de Deus às igrejas evangélicas. Igrejas estas que comungam da mesma fé. Assim, creio eu, deveriam ser, pois tiveram a mesma origem no período da reforma protestante. Não entendo o porquê desses ataques. O que há por trás disso tudo?

Veja bem:

Guerra entre líderes evangélicos – Quem está com a razão? No dia 9 de fevereiro de 2012, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus, bispo Edir Macedo, postou em seu blog um vídeo mostrando uma pessoa manifestada com demônio dizendo que o líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, ex-bispo da IURD, Valdemiro Santiago, é servo do mal. O vídeo denominado “Aviso aos incautos” está no Youtube e chama atenção de milhares de internautas.

Na programação da IMPD o apóstolo Valdemiro Santiago rompeu o silêncio e resolveu falar contra a Igreja Universal do Reino de Deus que nas últimas semanas divulgou uma série de vídeos denegrindo a imagem da denominação e afirmando que ele estava possuído por demônios. Alguns vídeos com esses dizeres foram postados no Youtube e mostram uma ministração do líder da Igreja Mundial do Poder de Deus rebatendo a todas as acusações feitas pela IURD.

Vendo hoje dia 18 de março de 2012, no programa Domingo Espetacular da Rede Record a reportagem sobre o pastor Valdemiro Santiago de Oliveira, pastor e apóstolo da Igreja Mundial do Poder de Deus, os questionamentos da Record sobre as falcatruas do mesmo, não consigo “engolir” como as pessoas conscientizadas ainda acreditam nisso. Não estou aqui para julgar o tal pastor e apóstolo Valdemiro, mas para abrir os olhos daqueles que em sã consciência sabem e veem muito bem que a Igreja Universal do Reino de Deus faz as mesmíssimas coisas ou até piores.

É repugnante com a ignorância das pessoas não as deixam enxergar o que realmente está a nossa frente - falsos pastores, fundamentalistas e canastrões usam da palavra de Deus para satisfazerem seus desejos e nós aqui meros mortais nos deixamos levar por essas palavras. No ano passado, a Rede Record já tinha criado polêmica quando veiculou uma matéria sobre o cair no Espírito, onde atacou igrejas que utilizam esse tipo de unção. Também fez comentários sobre os cantores do Diante do trono da Igreja Assembleia de Deus denigrindo esta igreja, mais uma vez a pergunta: Por que disso tudo?

Percebo que cada vez mais estamos numa onda de fanatismos e criando abismos cada vez maiores. Estranho. Por que Jesus Cristo deve estar se contorcendo ou indignado onde estiver, vendo estas situações que acabam com a imagem da religião, pois o papel da religião é dar conforto, liberdade e felicidade aos seus fiéis e não escraviza-los e separá-los uns dos outros. As igrejas chamadas de evangélicas hoje estão fazendo as mesmas coisas que a igreja católica fazia na idade média: vendendo indulgências, perseguindo cristãos, abastecendo-se de ouro e prata (hoje, dólares e euro), construindo mega templos e tomando o poder dentro do Estado, elegendo seus políticos para dominação das pessoas, podendo assim perseguir melhor as outras igrejas...

Ficam aqui meus questionamentos sobre o papel destas igrejas na nossa sociedade. Por que damos tanta credibilidade a elas? Será que elas estão fazendo bem o seu papel de Igrejas libertadoras? O que elas querem realmente de nós?

Pense bem, você pode ser mais um dando aquilo que lhe é de mais precioso – sua vida – a estes falsos pastores.
mansão do Bispo Edir Macedo


Templo de Salomão proposto pela Igreja Universal do Reino de Deus.




sexta-feira, 16 de março de 2012

ANTROPOLOGIA: vale a leitura...

Esta obra é um exemplo de “antropologia à distância” ou “antropologia aplicada” e, em certo sentido “antropologia militar”. Estudar a cultura por meio de sua literatura, recortes de jornais, filmes e arquivos, entrevistas com imigrantes., foi necessário num momento em que antropólogos norte-americanos foram convidados pelos militares para apoiar os Estados Unidos e seus Aliados na Segunda Guerra Mundial. Impossibilitados de visitar a Alemanha nazista ou o Japão de Hirohito, antropólogos valeram-se de tais materiais culturais e puderam produzir estudos à distância. 
Publicado postumamente na França em 1950, Sociologia e antropologia traz parte significativa dos ensaios, até então dispersos. Esses escritos – sobre corpo, magia, troca, idéia de morte, noção de pessoa etc.– pautaram as linhas de pesquisa nas ciências sociais e são, atualmente, leitura obrigatória para todo cientista social.
Este estudo de Malinowski foi pioneiro na revelação de que costumes primitivos considerados 'desejos animalescos de pagão' eram produto de uma lei firme e de uma tradição rigorosa, exigidas pelas necessidades biológicas, mentais e sociais da natureza humana, mais do que pela emoção desenfreada ou por excessos irrestritos. [MALINOWSKI, BRONISLAW]



terça-feira, 6 de março de 2012

VALE A REFLEXÃO...

Eu sei, mas não devia
Marina Colasanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.

A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.

A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.

A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.

A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.

(1972)

Marina Colasanti
nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.

O texto acima foi extraído do livro "Eu sei, mas não devia", Editora Rocco - Rio de Janeiro, 1996, pág. 09.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

EU RECOMENDO...

O LIVRO CAFÉ DOS FILÓSOFOS MORTOS

Cartas Filosóficas para Crianças e Adultos O que acontece quando um filósofo se encontra com uma menina de onze anos, preocupada com a idéia do dinossauro? Afinal, a questão não deixa de oferecer alguma dificuldade: se os dinossauros desapareceram há milênios, terá ocorrido o mesmo com a sua idéia? Essa situação, que poderia ter dado origem a um romance intitulado "O filósofo e a menina", foi o princípio da correspondência entre a menina Nora e o filósofo Vittorio Hösle. Esta "correspondência filosófica para crianças e adultos" se compõe de cartas autênticas, trocadas entre eles. As perguntas de Nora consistem em grandes questões da filosofia. Em suas respostas, o filósofo a conduz com mão firme pelos labirintos do pensamento filosófico. Juntos, inventam um café fantástico, no qual os grandes filósofos - de Platão a Hans Jonas - discutem acerca de Deus, do mundo e do viver bem.


OUTRO ÓTIMO LIVRO É O MUNDO DE SOFIA:
Às vésperas de seu aniversário de quinze anos, Sofia Amundsen começa a receber bilhetes e cartões postais bastante estranhos. Os bilhetes são anônimos e perguntam a Sofia quem é ela e de onde vem o mundo em que vivemos. Os postais foram mandados do Líbano, por um major desconhecido, para uma tal de Hilde Knag, jovem que Sofia igualmente desconhece. O mistério dos bilhetes e dos postais é o ponto de partida deste fascinante romance, que vem conquistando milhões de leitores em todos os países em que foi lançado. De capítulo em capítulo, de ´lição´ em ´lição´, o leitor é convidado a trilhar toda a história da filosofia ocidental – dos pré-socráticos aos pós-modernos -, ao mesmo tempo em que se vê envolvido por um intrigante thriller que toma um rumo muito surpreendente. Best-seller mundial, um thriller envolvente que percorre as diversas correntes filosóficas, dos pré- socráticos aos pós-modernos.